domingo, 12 de setembro de 2010

O Emprego da Apologética


O Emprego da Apologética


"Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações, estando sem­pre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da espe­rança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor..." (1 Pedro 3:15).

A palavra traduzida acima por "responder" é, no grego, apologia (isto é, "defesa"). Essa palavra sugere a idéia de "defesa da conduta ou procedimento".

Wilbur Smith expressa-o da seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo que alguém fez ou da verdade que alguém crê..." 19/481.

Apologia (palavra da qual surgiu em português a palavra apologia, que significa "discurso para justificar, defender ou louvar") foi uma palavra usada predominantemente no passado, "mas não para dar a idéia de pedido de desculpa, de tentativa de atenuar um erro ou de corrigir um prejuízo causado" (2/48), nem para elogiar.

O substantivo apologia (traduzido em português pelo verbo "respon­der" em 1 Pedro 3:15, acima citado) é empregado mais sete vezes no Novo Testamento:

"Irmãos e pais, ouvi agora a minha defesa perante vós" (Atos 22:1).

"A eles respondi que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusados e possa de­fender-se da acusação" (Atos 25:16).

"A minha defesa perante os que me interpelam é..." (1 Coríntios 9:3).

"Porque, quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que segun­do Deus fostes contristados! que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! em tudo destes prova de estardes inocen­tes neste assunto" (2 Coríntios 7:11).

"... porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo" (Filipenses 1:7).

"... estes, por amor, sabendo que estou incumbido da defesa do evangelho" (Filipenses 1:16).

"Na minha primeira defesa ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta" (2 Timóteo 4:16).

A maneira como a palavra "responder" (isto é, "defender") é empre­gada em 1 Pedro 3:15 indica o tipo de defesa que alguém apresentaria perante um inquérito policial: "Por que você é cristão?" Um crente é responsável por dar uma resposta adequada a essa pergunta.

Paul Little cita John Stott como tendo dito: "Não podemos fomentar a arrogância intelectual de uma pessoa, mas devemos alimentar sua integri­dade intelectual" (E eu acrescentaria que devemos responder a perguntas feitas com sinceridade). 10/28

Beattie conclui que: "Ou o cristianismo é TUDO para a humanidade, ou então não é NADA. Ou é a maior das certezas ou a maior das desilu­sões... Mas se o cristianismo for TUDO para a humanidade, é importante que cada pessoa seja capaz de apresentar uma boa razão para a esperança que possui em relação às verdades eternas da fé cristã. Aceitar tais verdades sem ponderar a respeito, ou aceitá-las simplesmente por causa da autorida­de que têm, não é suficiente para uma fé inteligente e estável." 2/37, 38

A tese "apologética" fundamental destas anotações é: "Existe um Deus infinito, de sabedoria, poder e amor absolutos, que se revelou, por meios naturais e sobrenaturais, na criação, na natureza do homem, na his­tória de Israel e da Igreja, nas páginas das Santas Escrituras, na sua encarnação em Cristo, e, através do evangelho, no coração daquele que crê." 15/33


Autor: Josh McDowell

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